Tecnologia e novas descobertas no combate ao câncer

Exame de sangue, de fezes e medicamentos que agem diretamente na célula cancerígena são algumas das apostas da Medicina moderna

Chegar ao diagnóstico do câncer de mama através de um exame de sangue, substituir a colonoscopia por um exame de fezes e ter acesso a medicamentos que agem diretamente na célula cancerígena são algumas das novidades para o diagnóstico e tratamento do câncer.

Em coletiva online à imprensa nesta terça-feira (12), o diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Hoff, afirmou que, em poucos anos, o paciente terá o diagnóstico de câncer de intestino, o terceiro tipo mais frequente em São Paulo, através de uma exame de fezes. “Hoje o paciente faz uma colonoscopia, que é bastante desconfortável, mas uma nova tecnologia vai identificar se há DNA do tumor nas fezes”.
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Sobre a data exata de quando as novas tecnologias estarão disponíveis, Hoff disse que se ele tivesse essa certeza seria Nobel. “A gente tem uma ideia muito clara de onde a medicina está indo e passa pela individualização do tratamento. Para conseguir identificar o alvo e eliminá-lo, é necessário o apoio de cientistas até chegarmos a cura completa da doença. Hoje o paciente tem ferramentas que não tinha há três anos”.

Outro avanço da medicina é o mapeamento genético. O oncologista Roberto Gomes explica que várias descobertas vêm surgindo nesse campo. Já foram detectados alguns genes que, quando alterados, aumentam as chances de a pessoa vir a ter o câncer de mama. “Esse teste é feito no Espírito Santo e custa em torno de R$ 6 mil. Se o resultado não apresentar alteração, não quer dizer que a pessoa está livre. Do contrário, se der alterado, a pessoa tem quatro vezes mais chances de ter a doença. Indicamos esse exame quando tem casos na família”.

Remédios inteligentes, principalmente destinados ao tratamento de melanomas, pulmão e próstata, que agem de forma direta na célula maligna devem chegar em breve ao Brasil. “O problema desses medicamentos é alto preço, custam mais de R$ 100 mil. A quimioterapia afeta várias células do corpo, por isso dá os efeitos colaterais. Já esse tipo de remédio, com poucas aplicações, atinge direto a célula maligna”, afirma o oncologista Roberto Gomes.

Segundo Gomes, o desejo da classe médica é que o mais rápido possível essas novas tecnologias cheguem ao Brasil, com valor mais baixo e com fácil acesso a população.

FONTE: http://gazetaonline.globo.com