Pessoas que fumaram mais de 40 cigarros por dia tiveram risco cinco vezes maior de ter o problema antes dos 50 anos. Pesquisa também apontou que o risco aumenta de acordo com o quanto se fuma. Isso significa que quem tem dificuldades de parar de fumar em definitivo pode, pelo menos, começar reduzindo os riscos.
O aumento da quantidade de jovens – adultos, de 15 a 50 anos, que estão sofrendo Acidade Vascular Cerebral, que é quando uma artéria leva sangue ao cérebro entope e a região desse órgão deixa de ser oxigenado e morre, podendo acontecer sequelas dependendo da região afetada e do tempo em que a artéria ficou entupida. O outro fato que vem acontecendo, nesta mesma faixa etária, é voltar ao uso do cigarro ou formas semelhantes.
Um trabalho publicado ontem na revista Circulation provou numericamente a relação entre o tabagismo e risco de derrame, neste grupo de adultos jovens. Isso já tinha acontecido com mulheres, na mesma faixa etária, em outra pesquisa, e desta vez a relação foi documentada nos homens.
O mais importante desse trabalho foi estabelecer a quantidade de cigarros até o 50 anos e o risco de sofrer um AVC. Pesquisadores avaliaram mais de 1.000 pessoas fumante, ex-fumantes e um grupo que nunca fumou para fazer o controle. Depois da análise, ficou demonstrado que fumar 11 cigarros por dia aumenta em até 50% as chances de ter um derrame antes do 50 anos de idade. Pessoas que fumam 40 cigarros por dia, o risco aumenta em mais de cinco vezes. Esta é mais uma prova que não existe dose segura para o cigarro.
Os cigarros mais suaves são grandes armadilhas. Foi demonstrado estatisticamente que quem usa cigarros light ou com menos teor acaba fumando mais para conseguir o mesmo efeito no organismo.
Infelizmente tem aumento o número de jovens fumantes no mundo todo. O Brasil, com campanha anti-tabaco, diminuiu a população de fumantes de 35% para entre 15 e 17%. O problema é que a nova geração não presenciou a campanha e por isso, o interesse pelo cigarro vem crescendo.
Fonte: CBN
Leitor: Esta matéria foi retirada do CBN. As opiniões nela contidas não necessariamente representam a opinião do CardioAula.
