Comissão revisa programas de residência médica

A Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Saúde está fazendo a revisão da grade curricular dos cursos de Medicina e de programas de residência oferecidos pelas universidades. Entre as propostas debatidas pela comissão em uma reunião em Brasília esta semana está o tempo maior de residência, período em que, depois de formados, os médicos se preparam para tornar especialistas em áreas como dermatologia e ginecologia, entre outras.

Para o presidente da Comissão Nacional Residência Médica, Antônio Carlos Lopes, a revisão da residência médica deve atender a evolução da medicina e apresentar médicos melhor treinados, preparados e atualizados, que vão permitir mais eficiência no atendimento.

O objetivo do Ministério da Educação é justamente preparar melhor os médicos. Mas muitos profissionais acreditam que, para serem eficazes, as mudanças deveriam ser mais discutidas antes de implantadas.

Para Rodrigo Soares, presidente da Associação de Médicos Residentes de Ribeirão Preto, o tempo maior pode não significar mais conhecimento para os futuros profissionais. O terceiro ano adicional à residência, que hoje é de dois anos, pode ser muito positivo em várias especialidades, mas ressalva que esses dois anos não sejam diluídos em três anos.

O coordenador do programa de residência médica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Maurício Kfuri, acredita que a verba liberada pelo governo do Estado é insuficiente para custear o tempo de especialização e, com isso, a oferta de bolsas pode cair.

No Estado de São Paulo existem atualmente 9.850 vagas para médicos residentes, em 96 faculdades e hospitais credenciados. Em Ribeirão Preto há 717 vagas, em três instituições credenciadas e em Campinas, são 1.014 vagas em seis instituições.

Fonte: EPTV