Comissão estuda a revalidação de diplomas de residência médica

O presidente da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Antônio Carlos Lopes, anunciou nesta quarta-feira que até o final de maio serão publicadas resoluções sobre a revalidação de diplomas de residência médica obtidos no exterior e sobre a oferta de estágio optativo em áreas de fronteira.

A revalidação de diplomas de residência médica está sendo analisada por uma subcomissão de especialistas indicados pela CNRM. A resolução vai apontar critérios rígidos de avaliação das residências feitas no exterior e permitir que médicos brasileiros possam obter o reconhecimento de sua formação.

Hoje, explica Antônio Carlos Lopes, o Ministério da Educação desconhece o número de médicos que fizeram especialização fora do país, pois não existe nenhum tipo de revalidação de diplomas em vigor.

Em parceria com os ministérios da Saúde e da Defesa, o MEC também vai instituir, nos próximos 30 dias, o estágio optativo para médicos residentes em áreas de fronteira e em localidades de difícil acesso onde existam instalações médico-militar ou civil.

A resolução da CNRM deverá definir que os residentes poderão dedicar entre 10% e 20% da carga horária de estágio no primeiro e no segundo ano em um destes locais. A vantagem para o aluno, explica o presidente da CNRM, é entrar em contato com a realidade do interior do Brasil, conhecer suas carências e desenvolver o sentimento humanitário.

Parceria

Entre outras atividades, a parceria permitirá a divisão de tarefas: caberá ao Ministério da Saúde indicar as demandas regionais das comunidades; ao Ministério da Defesa, oferecer transporte aéreo ou fluvial para o deslocamento dos residentes, além dos navios-hospitais para o atendimento da população; e ao MEC definir as especialidades, carga horária e bolsas.

Descredenciamento

A CNRM também se reuniu hoje, na SESu, e descredenciou os programas de residência médica de clínica geral do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e de clínica médica do Hospital Regional da Ceilândia (HRC).

“Os programas não atendiam às exigências necessárias, precisando de ajustes, como a contratação de enfermeiros e médicos, além da compra de aparelhos e medicamentos indispensáveis à boa prática médica”, afirma o diretor da Residência Médica da SESu e integrante da comissão, Antônio Carlos Lopes.

O secretário de Saúde do Distrito Federal, José Geraldo Maciel, também compareceu à reunião e pediu um prazo maior para que os hospitais funcionem com a infra-estrutura adequada para o aprendizado do aluno residente.

Fonte: Folha Online