Anjos de branco

Carreira superconcorrida, Medicina exige pelo menos seis anos de estudo. O esforço é recompensado pelos bons salários que o mercado oferece. Mas importante mesmo é salvar vidas e proporcionar saúde às pessoas.

Passar no mínimo seis anos em uma faculdade, comprar livros caros, ler muito e investir em pesquisa. Estas são apenas algumas das tarefas que os aspirantes a médico devem cumprir.

A Medicina é uma profissão complexa e que exige muito preparo. Não é à toa que os estudantes devem encarar matérias variadas como Anatomia, Comunicação, Ciência da Religião, Bioquímica aplicada à Medicina, Metodologia Científica, Farmacologia, Microbiologia, Fisiologia, Genética, Psicologia da Relação Médico-Paciente etc.

Em Brasília, além da Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Católica e a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) oferecem o curso de Medicina.

Numa primeira fase, o curso de Medicina forma médico generalista, que dedicará atenção à prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. São profissionais capazes, não só de diagnosticar e tratar doenças, mas, sobretudo, de promover saúde, que tenha visão ampla dos problemas de saúde, independente do setor.

Após essa fase, os estudantes podem optar por especializações.
Em seguida, eles fazem residência médica, que foi criada em setembro de 1977, através do Decreto nº 80.281, como título de especialização (pós-graduação).

Os médicos passam um período, que varia conforme o curso escolhido, em uma instituição de saúde, sob a orientação de especialistas. Este curso pode levar de dois a seis anos.

“O neurocirurgião passa, no mínimo, cinco anos na especialização”, afirma o assessor do curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília (UCB), Osvaldo Sampaio. Ele lembra que são dois estudando cirurgia e mais três de neurocirurgia. “Exige muita dedicação.”

“O generalista pode atender qualquer ocorrência, mas deve ter bom senso e não intitular-se especialista”, diz Osvaldo. O salário também varia conforme a opção. A faixa inicial para um médico generalista e de R$ 2,5 mil para 20 horas semanais.

Segundo dados do Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), relativos a 2005, somente no DF há cerca de 7,5 mil médicos ativos. As exigências são muitas, os cursos longos e caros, mas o índice de interessados é alto. “Só tivemos uma desistência até hoje”, conta Osvaldo.

Já os especialistas podem ganhar mais, afinal, são mais anos de estudo. “Um semestre de uma especialização, por exemplo, não sai por menos de R$ 2.800”, afirma o assessor.

Após cumpridas integralmente as matérias de uma determinada especialidade, o programa confere ao médico residente o título de especialista. Mas é importante lembrar que a expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

Os estudantes de graduação e especialização em Medicina costumam atender em hospitais universitários, que são unidades de saúde, únicas em algumas regiões, e capazes de prestarem serviços altamente especializados. Em Brasília há o Hospital Universitário da UnB, o Hospital Dia da Católica, que atendem diversas especialidades.

A Faculdade de Ciências Médicas é a única instituição pública de ensino superior mantido pelo GDF. Vinculada à Secretaria da Saúde e administrada pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), ela oferece o curso de graduação em Medicina. Das 80 vagas oferecidas, 40% são destinadas à estudantes da rede pública do DF.

Com ênfase na relação médico-paciente, o curso forma profissionais éticos e conscientes de sua responsabilidade social, capazes de atuar em urgências e de lidar com os mais diversos aspectos das relações profissionais.

O aluno já começa praticando a partir do primeiro semestre, fazendo estágios em postos de saúde e hospitais da rede pública. O curso é ministrado no Setor Médico Hoteleiro Norte (SMHN), quadra 3, conjunto A, bloco 1 – Edifício Fepecs.

Fonte: ComuniWeb