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Comentário: Questão bem interessante sobre MCP hipertrófica (recorrente na prova de 2017), em diferenciação com o treinamento atlético. Se conhecermos as alterações fisiopatológicas na MCP hipertrófica, responderemos facilmente a essa questão. O atleta possui alta capacidade física, com VO2 elevado (alternativa A incorreta). Arritmias ventriculares (principalmente sustentadas), espessura miocárdica aumentada (no caso, de grau importante – 20mm) e o aumento da espessura miocárdica de forma ASSIMÉTRICA são todas características da MCP hipertrófica (alternativa B, C e E incorretas).
Só nos resta a alternativa D, que está “duplamente” correta (MPC hipertrófica apresenta com cavidades ventriculares pequenas ou normais e no atleta podemos ter dilatação ventricular com FEVE preservada).
Resposta: Letra D
Comentário: Questão aparentemente complexa sobre fisiopatologia da miocardiopatia hipertrófica porém ao analisarmos as alternativas, achamos rapidamente a resposta: a herança é autossômica DOMINANTE. As demais alternativas são corretas. É interessante lê-las para mais orientações sobre a patologia em questão.
Resposta: Letra A
Comentário: Ótima oportunidade para estudarmos um pouco sobre Cardiomiopatia de Takotsubo. Também denominada cardiomiopatia de estresse ou síndrome do coração partido. É uma condição clínica reversível, que mimetiza síndrome coronariana aguda. As mulheres representam 90% dos casos, tendo sua apresentação clínica com dor torácica típica e ECG com padrão de supradesnivelamento do segmento ST. Observe abaixo os critérios diagnósticos:
- Hipocinesia, acinesia ou discinesia transitória dos segmentos médios do VE com ou sem envolvimento apical e anormalidades do movimento da parede ventricular, que se estende pelo território de mais de um vaso coronariano epicárdico.
- Ausência angiográfica de obstrução coronariana ou de ruptura aguda de placa.
- Alterações eletrocardiográficas (elevação do segmento ST e/ ou inversão de onda T – geralmente nas derivações precordiais) ou elevação discreta das enzimas cardíacas (discrepante à alteração do ECG).
- Ausência de feocromocitoma ou miocardite (RNM pode ser útil nessa diferenciação – ausência de realce tardio com edema miocárdico).
Detalhe importante a ser considerado é que apesar de classicamente se considerar que pacientes com Takotsubo têm níveis de marcadores miocárdicos menores que pacientes com IAM, registro internacional, apresentado no NEJM em 2015 não evidenciou diferença significativamente estatística nos níveis de troponina.
O tratamento acaba sendo realizado conforme protocolo para SCA e a cineangiocoronariografia auxilia bastante na diferenciação. Após a definição diagnóstica, devemos utilizar medicamentos conforme protocolo de IC, além de suporte clínico-hemodinâmico.
Resposta: Letra B
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