A primeira fase do “provão” para médicos, realizado no último domingo, 09, pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo São Paulo, teve o comparecimento de 90% dos 900 inscritos da capital, apesar dos protestos de entidades médicas e estudantis. Foi avaliado o desempenho de estudantes do sexto ano de medicina. Mais da metade dos que estão em escolas do Estado inscreveram-se no exame, que tem caráter experimental e opcional.

Todos os que acertarem pelo menos 60% das questões passarão à segunda etapa, em novembro, que consiste em uma avaliação prática. Os estudantes se manifestaram contra a prova em frente ao local do exame, na Vila Mariana (zona sul). Em protesto, chegaram a queimar os aventais de médico.

Segundo comunicado dos manifestantes, a prova “é um modelo de avaliação punitivo e injusto para os estudantes, já que não responsabiliza as entidades formadoras.” Afirmam ainda que as avaliações devem ocorrer durante a formação e que o exame é paliativo e não resolve os problemas de saúde do país. O coordenador do exame de Habilitação, Bráulio Luna Filho, disse que a avaliação interna não tem a ver com o “provão”. “A avaliação externa é importante, até porque no Brasil metade dos médicos não fazem residência”, afirmou.

Fonte: Aprendiz.uol