Residências médicas são poucas no País

Em todo o Brasil, segundo pesquisa do Ministério da Saúde sobre necessidades de profissionais e especialidades de Medicina no Brasil, apresentada no I Fórum Nacional de Residência Médica, existem apenas 15 residências médicas em Geriatria, com 36 vagas para o primeiro ano. Dessas, seis estão em São Paulo, sendo cinco na Capital e uma em Ribeirão Preto, e quatro na cidade do Rio de Janeiro. As cidades de Salvador, Curitiba e Porto Alegre têm uma vaga cada uma; Belo Horizonte duas.

Brasília, Fortaleza, Recife, Vitória, Florianópolis, Goiânia e outras capitais já têm médicos titulados, entretanto, não há residência nessa especialidade. Para João Macedo Filho, o que falta para a implantação da residência médica é vontade política. “Estamos conversando com a Universidade (UFC) para conseguir isso. Espero que com a nova administração municipal o idoso receba uma atenção maior”, diz.

O levantamento mostra que, apesar da população brasileira ter um dos envelhecimentos mais rápidos do planeta, são oferecidas mais de duas mil vagas de residência para pediatras e apenas 65 para geriatria.

Para a presidente do Conselho Estadual do Idoso, Maria Queiroz, uma outra maneira de minimizar a falta de geriatras – dos dez titulados, apenas três atendem pelo SUS – é ter vagas nos concursos públicos. Em dezembro de 2003, de acordo com ela, uma reunião foi realizada com o secretário Estadual de Saúde, Jurandi Frutuoso, quando foi suspenso um edital que não incluía a seleção de geriatras.

A coordenadora de Atenção à saúde do Idoso da Sesa, Helena Aires afirma que uma turma de especialização em geriatria, com 40 alunos, está se formando pela Escola de Saúde Pública. Outras duas turmas, uma de geriatria e outra de gerontologia estão prestes a começar.

Fonte:Diário do Nordeste