Programa identifica quem tem mais risco de apresentar osteoporose

Uma equipe de médicos da Universidade Federal de São Paulo desenvolveu um programa de computador que deve diminuir muito a procura por um exame chamado densitometria óssea. Esse exame detecta a osteoporose. Qualquer médico pode usar a planilha que avalia a necessidade de um exame de densitometria.
É um equipamento sofisticado que mede a quantidade de mineral que nós temos nos ossos.
“É um exame que mostra precocemente de que maneira está essa massa óssea ou a densidade óssea e qual é a fragilidade ou a possibilidade de fratura que esse indivíduo apresenta”, explica a médica fisiatra do Hospital das Clínicas, Pérola Plapler.
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Em São Paulo, a máquina que faz a densitometria óssea está disponível na rede privada e também no sistema público. Mas em regiões distantes, a paciente tem que viajar centenas de quilômetros para fazer o exame.
Muitas mulheres que ainda não precisam acabam na fila para fazer uma densitometria óssea e isso sobrecarrega o sistema público de saúde. Uma nova ferramenta que une medicina e matemática indica o risco da paciente desenvolver osteoporose, ajudando a selecionar quem realmente já precisa se submeter ao exame.
Os dados da paciente são colocados em uma planilha para avaliar a importância de cada fator de risco, como peso, idade e histórico familiar de fratura.
É a primeira vez que um programa como este usa como referência características da população brasileira.
O computador faz as contas e o resultado mostra a necessidade de fazer ou não uma densitometria.
“Nós acreditamos que poderia diminuir em 50% o pedido de densitometria óssea e dando espaço então para que fosse pedido para as pessoas que realmente precisam”, aponta a coordenadora de densitometria do Instituto de Diagnóstico por Imagem, Vera Lucia Szejnfeld.
É o caso de Daisy dos Santos. Ela caminha uma hora por dia, de casa até o trabalho, e tem uma dieta balanceada, mas precisou fazer a densitometria por causa da idade.
“Já estou com 52 anos e minha ginecologista recomendou porque a gente já está entrando na fase da menopausa”, conta a auxiliar de escritório.
Rosangela é sedentária e fumante. Apesar dos fatores de risco, o teste mostrou que ela ainda não precisa se submeter a uma densitometria. O resultado tirou uma preocupação da cabeça dela e evitou que mais uma mulher entrasse na fila sem necessidade.
“Maravilhoso. Ótimo. Fiquei bastante tranquila com o resultado”, exclama a mulher.