Preocupação de atletas, as arritmias cardíacas têm tratamento e até cura

Arritmia significa desarranjo ou distúrbio no ritmo do coração, os batimentos são irregulares por períodos variáveis e podem ter falhas isoladas ou em sequência

Esse tema além de recorrente tem sido discutido na cardiologia do esporte do mundo inteiro. Várias condutas são tomadas, mas na maioria das vezes o cardiologista que orienta o caso tem pouca afinidade com as dezenas de modalidades esportivas, o que pode inviabilizar uma decisão ideal para um esportista. Atletas profissionais que necessitam de soluções rápidas e certeiras são tratados como esportistas de lazer. Assim, certas decisões podem acabar destruindo carreiras.

Alguns tratamentos medicamentosos podem causar o doping, isso quando não atrapalham a performance. Por causa disso se insiste para que os especialistas da área devessem ser sempre ouvidos. A arritmia cardíaca significa um desarranjo ou distúrbio no ritmo do coração, os batimentos são irregulares por períodos variáveis curtos ou longos, podem ter falhas isoladas ou em sequencia. O mais importante é detectar os sintomas relatados pelo portador, como palpitações, batimentos acelerados ou muito lentos, tonturas e desmaios, náuseas ou vômitos e outros sintomas genéricos como calores, frio, tosse seca.

De início, deve-se fazer uma consulta cardiológica e um eletrocardiograma em repouso e depois sequência de exames não invasivos que o cardiologista irá solicitar. O médico vai procurar se existe uma doença do músculo cardíaco (miocárdio), que pode provocar vários tipos de arritmia. Essas doenças são de origem genética e as mais comuns são a miocardiopatia hipertrófica, e a displasia arritmogênica do ventrículo direito. Outra são adquiridas, como infecções que inflamam o miocárdio: miocardite viral e a miocardite ou doença de Chagas e as arritmias causadas por isquemia coronariana.

Outras causas são as arritmias de origem genéticas sem nenhuma doença do miocárdio, como as síndromes: de Brugada, Wolf Parkinson White e outras. A novidade, sem dúvida, é uma bomba que entrou nas causas: o excesso de exercícios seja por elevada intensidade ou grande aumento de volume de exercícios mostrou-se como causa de graves arritmias. Esses excessos podem diminuir a imunidade e facilitar infecção por uma virose qualquer. Esse problema é o que mais se discute hoje em dia, porque não existe uma causa genética e só o exercício aparece como suspeito.
Quais as arritmias mais perigosas?
E o que fazer? Em princípio, hoje em dia, a maioria delas tem tratamento. Ele começa pelo afastamento de todas as atividades físicas e esportivas, até das simples atividades comuns e domésticas. Os medicamentos atuais são bastante eficientes e podem resolver, com sucesso, as intervenções seletivas chamadas de ablação (ou cauterização do foco de arritmias). Conseguem curas definitivas em mais de 70% dos casos selecionados.

Para finalizar, temos o implante definitivo do marca passo artificial que mantem o ritmo cardíaco regular e do desfibrilador (CDI), que dispara um choque salvador quando o coração tem uma grave arritmia. Eles têm importantes restrições para seu portador, evitar a maioria das modalidades esportivas, principalmente as que tem riscos de trauma e contato corporal. O importante é procurar ajuda médica quando surgir uma arritmia, com o avanço da ciência, muitos afastamentos e riscos de morte ficarão solucionados.

Fonte: Eu Atleta Dr. Nabil Ghorayeb Cardiologia Especialista

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