Pesquisadores identificam parte do mecanismo que provoca a dor neuropática

Embora seja grande o número de pessoas que sofrem com dor neuropática, um tipo de dor crônica associada a uma anomalia nos nervos, não está claro entre os médicos o mecanismo responsável pelo problema. Por isso, os tratamentos atuais ainda são ineficazes. Um estudo recente, feito no Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, Estados Unidos, pode ajudar a reverter esse quadro. Os pesquisadores identificaram que ratos com essa dor tinham em comum a elevada produção da molécula dimethylsphingosine (DMS), um subproduto de reações celulares. Segundo eles, inibir a DMS pode ser a chave para o desenvolvimento de remédios contra a doença. A pesquisa foi publicada no periódico Nature Chemical Biology.

Para identificar a DMS, os pesquisadores analisaram um modelo padrão de dor neuropática em ratos de laboratório que tinham um ferimento no nervo da perna. Eles também estudaram os plasmas do sangue e os tecidos da medula espinhal dos animais e os compararam com os de ratos que não tinham a dor.

Os ratos com dor neuropática apresentaram anormalidade na produção da DMS. “Embora a DMS seja um composto que existe naturalmente no organismo, quando injetada em ratos saudáveis com altas doses, semelhantes às encontradas nos ratos do nervo lesado, foi capaz de induzir a dor”, afirma Gary J. Patti, um dos autores do estudo.

“Nós consideramos que este é um grande passo para a compreensão e tratamento da dor neuropática” afirma Patti. Agora, os pesquisadores estão testando inibidores da produção de DMS que podem vir a ser tratamentos eficazes ou preventivos de dor neuropática.

FONTE: Veja.com