Metade das mulheres terá infecção urinária uma vez na vida

A morte de uma modelo de 20 anos por infecção urinária comoveu os brasileiros, surpreendeu os médicos e chamou a atenção para um problema comum, mas que nem sempre é tratado corretamente.

Na Internet, uma página traz as homenagens à modelo Mariana Bridi, mensagens de amigos e solidariedade à família, que se recolheu em luto. A modelo morava na cidade de Marechal Floriano, a 50 quilômetros de Vitória. Ela morreu aos 20 anos e no auge da carreira, depois de contrair uma infecção urinária que virou infecção generalizada.

A rapidez com que a doença matou mariana surpreendeu até os médicos. Ela foi internada no dia 3 de janeiro, em 20 dias teve de amputar os pés e as mãos, e depois não resistiu. O caso dela é considerado raro, mas serve de alerta para uma infecção muito comum, principalmente entre as mulheres.

De acordo com a Associação Americana de Urologia, metade das mulheres terá a doença pelo menos uma vez na vida.

Os principais sintomas são:

– Pouca quantidade de líquido e dor ao urinar

– falta de controle da urina

– febre e calafrios

– dor lombar

Nas crianças de zero a 6 anos, pode ocorrer ainda perda de apetite e de peso.

As causas mais frequentes também variam de acordo com a idade. Nas crianças, é a falta de higiene; nas adolescentes, é o uso de roupas apertadas, principalmente de lycra e jeans, e também a demora para ir ao banheiro. Muitas vezes as jovens alegam falta de tempo. Isso é fator de risco, e acontece muito com as mulheres adultas também.

“Quando a bexiga começa a distender, suas veias podem romper. Assim, gotas de urina podem cair dentro da bexiga e facilitar um meio de cultura para a bactéria”, explica o médico urologista Marcio Lamy de Miranda.

Em todos os casos, o essencial é manter a higiene. “Após urinar, a pessoa pode usar sabonete neutro para se lavar”, ensina o médico.

Quanto mais cedo a pessoa procurar o médico, mais eficiente pode ser o tratamento. Na maioria dos casos, a infecção é provocada pela bactéria escherichia coli, que é facilmente identificada num exame de urina. “É um exame fácil, de rotina, que está disponível em qualquer laboratório”, diz o médico Marcio Lamy.

Fonte: Jornal Hoje