Hospital São Vicente é credenciado para residência médica em quatro especialidades

A Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação credenciou o Hospital São Vicente, de Curitiba, em quatro programas de residência médica: cardiologia, radiologia e diagnóstico por imagem, cirurgia geral e medicina intensiva. O Hospital São Vicente na década de 50 serviu de campo de estágio aos alunos da Universidade Federal do Paraná antes da inauguração do Hospital de Clínicas, em 1961, e neste ano resgata formalmente a função de ensino e o compromisso da Funef – Fundação de Estudos das Doenças do Fígado. Em 68 anos de história apenas agora, na gestão do hepatologista e diretor superintendente do Hospital, Marcial Carlos Ribeiro, se decidiu investir e contribuir na pós-graduação dos médicos ao oferecer para a comunidade médicos com formação mais consolidada. “A residência é a maneira mais eficiente de passar conhecimentos e dar melhor formação ao médico”, diz Marcial Ribeiro, diretor do São Vicente. Desde fevereiro vários cirurgiões, radiologistas e cardiologistas do corpo clínico estão participando dos programas de residência e compartilhando seus conhecimentos e experiência no ensinamento destes jovens médicos.

Um deles veio de Vitória, Espírito Santo. Formado pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Carlos Alexandre Martinelli Pereira, 24 anos, deixou a família e está fazendo a residência em radiologia. Ele diz que após completar o curso, em dezembro do ano passado, procurou na internet a oportunidade de fazer residência médica. “Apesar da minha faculdade não ter me dado a oportunidade de conhecer a fundo a radiologia, sempre me interessei por esta área e ao acessar o site da Associação Médica do Paraná encontrei o São Vicente”, explica Carlos Alexandre. A missão da Funef, mantenedora do Hospital São Vicente, está sendo atendida com a implantação da residência. Luiz Sallim Emed, coordenador da Comissão de Residência Médica do São Vicente, afirma que a residência médica “consolida conhecimentos, desenvolve as habilidades, fortalece o estudo, possibilita o aprendizado prático na assistência aos pacientes. Para os preceptores, a presença do residente é um estímulo para a educação continuada e a busca da melhor evidência para o diagnóstico e o tratamento. Desta forma o principal beneficiado é o paciente que receberá a atenção mais qualificada e competente”.

Carlos Alexandre, desde o início de fevereiro em Curitiba, diz que encontrou no Hospital “toda a tecnologia” e que está satisfeito com a residência. “Tenho aprendido bastante, com os preceptores e recebendo toda a orientação na análise dos laudos dos RX e mamografias sempre relacionando com a situação clínica do paciente. Outra vantagem que estou vivendo é a oportunidade de aprender com equipamentos de última geração como a nova tomografia e ressonância magnética recentemente adquirida pelo Hospital que oferecem imagem de qualidade excepcional”.

O secretário-executivo da Comissão Nacional de Residência Médica, dr. Antonio Carlos Lopes, afirma que “hoje a residência médica é um dos principais modelos de pós-graduação. É a hora na qual o recém-formado escolhe a especialidade e coloca em prática tudo o que aprendeu em sala de aula, qualificando-se para o mercado”. No Paraná estão disponíveis 1.458 vagas para residência médica e em Curitiba somente doze hospitais têm residentes. “Queremos ao abrir o serviço de residência médica no São Vicente – diz o médico Marcial Ribeiro – formar profissionais tanto para o sistema público de saúde quando para o suplementar e resgatar uma história do Hospital que foi uma verdadeira escola prática da Medicina para muitos médicos que trabalham hoje no Paraná e continuará sendo modelo de referência”.

Fonte: Parana Shop