HC conclui turma de residência médica e pode virar hospital de ensino

Alunos da turma de 2007 da residência médica da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) receberam, na noite desta quinta-feira (31), os certificados de conclusão do curso. Na ocasião, também houve a abertura das atividades dos cursos em 2008. A governadora Ana Júlia Carepa fez a entrega dos certificados aos seis médicos que concluíram as especializações em Psiquiatria e Cardiologia, sendo que um encontrava-se em São Paulo em estágio no Incor. Quinze assumem as novas vagas de estudos nas áreas de Cardiologia, Clínica Médica, Psiquiatria, Terapia Intensiva e Nefrologia.

A cerimônia contou com a presença do secretário de Estado de Saúde Pública em exercício, Walter Amoras; do diretor geral do Hospital, Haroldo Koury Maués; do diretor de Ensino e Pesquisa, Benedito Paulo Bezerra; e da coordenadora da Comissão Estadual de Residência Médica, Rita Catarina Medeiros; além de representantes de entidades médicas, professores e parentes dos alunos.

O médico Luciano Ricardo Lima de Aguiar foi o orador da turma de concluintes, representando em seu discurso os demais colegas da residência médica. Para ele, a especialização é uma importante ferramenta que os jovens médicos dispõem para a atividade profissional. “O Hospital de Clínicas nos proporcionou dois anos de muita alegria e a formação necessária. É com esperança que vislumbramos essa nova etapa da vida”, festejou.

Melhorias – O diretor geral falou da sua satisfação em ver um grupo de jovens ingressando no mercado profissional, com a formação adequada e prontos para reproduzir os ensinamentos recebidos. “Parabenizo-os pela conclusão do curso e espero que este conhecimento seja aplicado no Pará”, disse. Para ele, no Hospital, a grande interrogação é como manter a qualidade dos serviços com custo baixo. “Administrar com o olho no orçamento e, mesmo assim, fazer uma gestão moderna sem perder de vista o seu cliente”, afirmou o diretor do HC, relacionando melhorias feitas em 2007 em recursos humanos, obras e educação continuada dos profissionais.

Na Pediatria, segundo ele, foram feitos investimentos no acompanhamento das cardiopatias congênitas para atender um público já identificado. A cada mil crianças, de oito a dez nascem com problemas cardíacos. Na região Norte apenas 7% são tratadas.

Em obras, Koury disse que está pronto o novo vestiário dos funcionários e reforma da farmácia interna, e, ainda em execução, a informatização com Internet e Intranet, a implantação do prontuário digital e a ampliação de um novo espaço para receber o segundo aparelho de hemodinâmica, cedido pelo Hospital Metropolitano. “Hoje, são atendidos 800 pacientes ao mês na Cardiologia do Hospital. Por isso, já solicitamos mais uma UTI coronária com 10 leitos”, acrescentou.

Este ano, a direção do Gaspar Vianna solicitará ao Ministério da Educação (MEC) o credenciamento da residência médica em Clínica Geral, “que será um passo para sermos um hospital de ensino”, completou Koury.

Desafios – A expectativa da governadora é de que a residência médica tenha preparado os profissionais para assumir os desafios da saúde pública no Estado. “Os cursos são garantias de que mais profissionais permanecerão no Pará. Estamos formando especialistas no Estado para o Estado. Temos 7,1 milhões de habitantes – e somos um Estado único, a síntese da Amazônia – distribuídos em 1,2 quilômetros quadrados, em que cabem duas Espanhas. A população distribuída nos 143 municípios precisa de assistência à saúde”, ressaltou. Ana Júlia Carepa enfatizou o esforço do governo em transformar o hospital regional de Santarém em hospital de ensino e as unidades de saúde em unidades de ensino.

Ela lembrou que superar os desafios depende de empenho dos prefeitos e de parcerias entre os municípios e o Estado, principalmente para ações e serviços de saúde básica. A governadora criticou a votação da CPMF no Congresso Nacional e os senadores paraenses que permitiram a extinção da contribuição. “Vão tirar mais de R$ 40 bilhões em recursos em 2008, e o Pará corre o risco de perder R$ 2,5 milhões para saúde. Isso é criminoso”, afirmou.

Fonte: Governo do Estado do Para