A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) já entrou com três mandados de segurança contra a greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O último deles, de terça-feira, pede a liberação de toda a carga de matérias-primas e produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos retidos em função da paralisação que já dura um mês.

Segundo o Sindicato da Indústria de Cosméticos e Higiene Pessoal do Estado do Rio de Janeiro (Sipaterj), representado na ação, a retenção das mercadorias pode resultar em danos graves, como a interrupção de linhas de embalagem e equipamentos de fabricação, alto custo de manutenção de mão de obra ociosa, além da perda de vendas.

Uma das empresas que corre o risco de ter sua produção paralisada é a Sociedade Empresária Procosa Produtos de Beleza Ltda., que tem como sócias as gigantes L’Oreal e Lancôme. Oito milhões de unidades de produtos capilares podem ficar indisponíveis no mercado, diz a companhia.

Os dois mandados anteriores resultaram em medidas liminares favoráveis à Firjan, garantindo a liberação de produtos para laboratórios e indústrias farmacêuticas: uma em nome do Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj) e outra para o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro (Sinfar-RJ).