Estudo põe em dúvida PSA para detectar câncer de próstata

Pesquisa descarta o uso do exame até para “indivíduos de risco”

A eficácia da Prova do Antígeno Prostático (PSA), exame habitual para diagnosticar o câncer de próstata, foi posta em dúvida por um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Alta Autoridade de Saúde da França (HAS).
evolução da doença, sofreu seu primeiro revés em 2010, quando a mesma agência do governo francês anunciou que, aplicado à população masculina em geral, o exame carecia de eficiência.

Leia também:
Afinal, o PSA é útil ou não para definir o tratamento de câncer de próstata?

Agora, a Autoridade descartou o teste até para os indivíduos de risco, já que, apesar dos fatores de perigo conhecidos (idade, antecedentes familiares, origem e exposição a certos agentes químicos), atualmente a medicina não sabe o peso de cada um ou como eles interagem entre si.

A HAS também constatou que até o momento não está provado que as pessoas com maior risco de contrair a doença, que tem uma evolução lenta, a desenvolvam de forma mais grave ou com maior rapidez – por isso o diagnóstico antecipado também não seria útil.

Finalmente, segundo os responsáveis pelo estudo, os pacientes que se submetem a este exame estão suscetíveis a falsos positivos, o que representa riscos secundários, tanto de cunho físico, derivados da consequente biópsia para determinar se há câncer, como de cunho psicológico e sexual.

A HAS concluiu que os homens que se submetem ao teste só deveriam fazê-lo com conhecimento de causa, sabendo que este exame em algumas ocasiões termina em operações ou irradiações inúteis com duras consequências para a sexualidade e a continência de homens que ainda são jovens e ativos.