Estresse prejudica médicos residentes

Um assunto muito discutido, em vários setores profissionais é o estresse. Considera-se que ele seja uma das principais causas de piora da qualidade de vida, e do desempenho profissional dos indivíduos, nos dias de hoje. Seu surgimento está atrelado à intensa competição e às cobranças cada vez maiores, exigidas por todas as áreas.

Apesar do estresse ser sempre visto como um “inimigo da saúde”, é fundamental que se compreenda que ele é necessário, para que possamos executar as tarefas do dia-a-dia. Contudo, extrapolação desses limites básicos provoca distúrbios da memória, da concentração, do sono e do humor, além de propiciar uma queda das defesas do organismo e o surgimento de outras doenças.

O impacto desse problema, na área médica, chamou a atenção de pesquisadores americanos do Departamento de Medicina Interna de Lexington. Segundo eles, o estresse e a fadiga, devido a exigências contínuas, podem ser fatores de piora do desempenho dos médicos residentes. O Medical Teacher, de junho deste ano, publicou os resultados desses investigadores.

Durante três meses, médicos residentes foram avaliados quanto ao desempenho, frente à escala habitual. Os autores avaliaram se o período de sono noturno era suficiente, assim como se esses profissionais eram capazes de desenvolver suas tarefas de ensino aos alunos de medicina, cuidados com os pacientes, entre outras tarefas, de maneira satisfatória.

Nessa avaliação, ficou evidente que as constantes exigências e pressões, às quais se submetem os residentes, proporcionam um agravamento do estresse. Em conseqüência, há uma piora significativa da qualidade de seus serviços e do aprendizado profissional, o que, em contrapartida, acaba atingindo também os pacientes. Frente a isso, os autores consideram que remodelações, na estrutura da residência médica, seria um passo importante para uma diminuição dessa sobrecarga e uma melhora no desempenho final desses profissionais.

Fonte: Medical Teacher