Especialista tira dúvidas sobre a epilepsia

A epilepsia é uma doença neurológica que atinge de 1% a 1,5% da população mundial. No Brasil, por se tratar de um país em desenvolvimento, estima-se que esse número seja um pouco maior. Segundo dados da Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia (ASPE), de 2010, existem 3 milhões de pessoas com a doença no país, o que corresponde a 1,6% da população naquele ano. Um estudo realizado em 2004 pela Unicamp encontrou uma prevalência de quase 1,9%, utilizando uma amostragem de 17.293 pessoas da cidade de São José do Rio Preto.

Na Grécia Antiga a epilepsia era conhecida como “doença sagrada” e, em Roma, era chamada de “mal comicial”. Isso porque, se uma pessoa tivesse uma crise no meio de um comício, era sinal de que os deuses estavam contra a realização do evento. O grego Hipócrates, considerado pai da medicina, foi o primeiro a identificar que as crises epilépticas vinham do cérebro, por volta de 400 a.C.

De fato, o que provoca o aparecimento das crises é uma descarga elétrica muito forte nos neurônios do paciente, que pode ser causada por estímulos externos ou por uma lesão cerebral decorrente de um trauma. O tipo de crise mais comum é popularmente chamada de “ataque epilético”, e se caracteriza por convulsões, movimentos involuntários do corpo.

Atualmente, existem diversos tipos de tratamento para a epilepsia, e 70% dos pacientes conseguem manter a doença totalmente controlada com uso de medicamentos. A neurologista Elza Márcia Yacubian, professora da Unifesp e membro da Academia Brasileira de Neurologia, explica nos vídeos abaixo o que pode levar ao aparecimento das crises e as formas de tratamentos disponíveis.