Desafio 2: Caso clínico

Paciente de 37 anos, sem comorbidades, história familiar de morte súbita(irmão aos 41 anos) evoluiu com palpitações taquicárdicas, sudorese profusa e dor torácica, chegou ao PA e realizou ECG a seguir:

Qual o diagnóstico e conduta?

Desafio Caso clínico

Devido a TVS instável foi realizada cardioversão elétrica, após estabilização do quadro realizou ecocardiograma que evidenciou miocardiopatia hipertrófica.

Qual condulta a seguir que comprovadamente diminui mortalidade?

Desafio Caso clínico

Resposta: Implante de cardiodesfibrilador(CDI)

A miocardiopatia hipertrófica é uma doença autossômica dominante, que apresenta diversas mutações. É uma doença primária do coração, caracterizada por hipertrofia sem dilatação ventricular, hipertrofia septal assimétrica e grave desarranjo das fibras musculares, que propicia o surgimento de arritmias graves.

Muito se estudou sobre os principais fatores de risco para morte súbita (MS), porém, ainda existem dúvidas sobre a melhor estratificação. A Diretriz Brasileira identifica 5 fatores de risco: HF positiva de MS; síncope inexplicada; espessura da parede do VE maior ou igual 30mm; TVNS; e TVS espontânea. E na presença de 1, e somente 1 desses, está indicado o implante de CDI.

Desafio Caso clínico

Dr. Charles Rios Souza
– Médico Assistente do Serviço de Marca-Passo do HC – UFMG – MG
– Estimulação Cardíaca Artificial pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP
– Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP
– Clínica Médica pelo Hospital Júlia Kubitschek – FHEMIG – MG
– Graduação em medicina pela UFJF – MG