Cientistas descobrem variante genética que aumenta em seis vezes risco de tumor cerebral

Pesquisadores da Clínica Mayo e da Universidade da Califórnia, San Franciso, ambas nos Estados Unidos, descobriram que pessoas que apresentam uma determinada variação no código genético têm um risco seis vezes maior de desenvolver glioma, a forma mais comum de tumor cerebral maligno. Para os especialistas, esse dado pode ajudar na criação de um exame de sangue que determine o tipo de tumor que um paciente tem, além de melhorar os tratamentos destinados à doença. Esses resultados fazem parte de um estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Nature Genetics.
Os dados genéticos contidos no nosso DNA são formados pela combinação de quatro letras (A, C, G e T), que correspondem a quatro nucleotídeos diferentes. A nova pesquisa mostrou que os indivíduos que possuem a letra G (guanina) no lugar da letra A (adenina) em uma determinada região do código genético são aquelas que apresentam as maiores chances de serem atingidas pelo glioma de crescimento mais lento.

“Ser capaz de dizer às pessoas que o tipo de tumor cerebral que elas têm é esse, na realidade, é uma boa notícia, pois o glioma tem um prognóstico muito melhor do que os outros tumores no cérebro. Embora possa ser letal, ele é um tipo menos agressivo da doença”, afirma Robert Jekins, patologista da Clínica Mayo e coordenador do estudo. “Isso torna o entendimento sobre a função dessa variante genética ainda mais importante.”