Cientistas descobrem elemento vital ao parasita da malária que permite criação de vacina

Cientistas americanos descobriram um dos elementos químicos cruciais que permitem ao parasita da malária proliferar no sangue humano, o que abre uma porta para novos tratamentos contra a doença, indica um estudo publicado nesta quarta-feira (31) na revista científica PLoS Biology.

O resultado da pesquisa realizada por Joseph DeRisi e Ellen Yeh, bioquímicos das universidades da Califórnia e Stanford, nos Estados Unidos, representa o primeiro passo para experimentar uma nova vacina ao identificar o Isopentenil pirofosfato, um componente indispensável do parasita Plasmodium falciparum para construir diversas moléculas cruciais para sua subsistência.

Os cientistas desenvolverão agora uma versão debilitada desse parasita no laboratório ao qual fornecerão o componente necessário para sua sobrevivência, mas o parasita terá sua capacidade de se autorreproduzir eliminada.

Depois, os pesquisadores inocularão essas vacinas nas pessoas que vivem em regiões que sofrem com a malária.

Se funcionar, o parasita modificado não deve adoecer os participantes da experiência, mas permite que eles desenvolvam resistência para enfrentar a versão real do Plasmodium falciparum, como explica DeRisi, coordenador do estudo.

– É como se tivéssemos desenhado uma bomba-relógio dentro do parasita que está pronta para explodir e, quando isso ocorre, o parasita morre.