Cafeína pode atenuar sintomas da doença de Parkinson

Em estudo, indivíduos que tinham a condição apresentaram melhoras significativas nos problemas motores após tomarem pílulas da substância

Consumir mais cafeína poderia ajudar a atenuar os problemas motores apresentados por pacientes com doença de Parkinson, afirmam pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá. Eles chegaram a essa conclusão após observarem que pacientes com a condição se beneficiaram ao tomar pílulas de cafeína durante de dois meses. No entanto, de acordo com os autores, isso não quer dizer que pessoas que têm o problema devam passar a tomar muito café imediatamente, já que outros fatores, como os efeitos adversos da bebida ou a possibilidade de os indivíduos desenvolverem tolerância aos efeitos da cafeína, devem ser estudados com maior profundidade.

Os pesquisadores selecionaram, para o estudo, 61 pacientes com idade média de 60 anos que haviam sido diagnosticados com a doença de Parkinson. Ao longo de seis semanas, parte dos participantes recebeu pílulas contendo cafeína (uma quantidade equivalente a duas xícaras de café ao dia) e o restante, cápsulas de placebo. Ao final da pesquisa, os indivíduos que ingeriram cafeína relataram, além de menos sonolência, uma melhora geral nos sintomas motores da doença – como rigidez muscular e dificuldades de movimento. Metade dos integrantes de cada grupo relatou algum efeito colateral, sendo as dores de estômago o efeito mais prevalente.

Embora significativa, a melhora foi menor do que a obtida pelos medicamentos que são prescritos para tratar a condição – o que revela, segundo os autores, que a cafeína não tem o potencial de substituir as drogas, mas sim de ser um fator que complementa a terapia. A pesquisa, publicada nesta quarta-feira na revista Neurology, não deixou claro de que maneira a cafeína age no cérebro para atenuar os sintomas dessa doença neurodegenerativa.

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

FONTE:veja.com