O manejo de taquicardia ventricular não sustentada(TVNS) em pacientes sem doença cardíaca estrutural difere da população geral. A primeira atitude a ser tomada em indivíduos com TVNS é descartar doença cardíaca estrutural, canalopatias, causas metabólicas e isquemia, excluídos tais possibilidades, na maioria das vezes estamos diante de uma TVNS idiopática, a mais comum é a TVNS de via de saída do ventrículo direito. A avaliação desses pacientes inclui história clínica, história familiar, medicações, sintomas durante o exercício, exame físico, ECG, ecocardiograma, laboratório, outros exames ainda podem ser necessários como teste de esforço, Holter e até ressonância cardíaca.

As terapias utilizadas para a população geral podem não serem apropriadas ou preferidas para atletas. Tais terapias incluem descondicionamento, drogas anti-arrítmicas ou ablação. Descondicionamento não é uma opção para atletas, pois perdem tempo de competição. Anti-arrítmicos reduzem performance, além de serem proibidos em muitos esportes. A ablação tem se mostrada segura e eficaz no tratamento desses pacientes e tal medida é corroborada pela maioria das sociedades(AHA, ACC, ESC)

Dr. Charles Rios Souza
– Médico Assistente do Serviço de Marca-Passo do HC – UFMG – MG
– Estimulação Cardíaca Artificial pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP
– Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP
– Clínica Médica pelo Hospital Júlia Kubitschek – FHEMIG – MG
– Graduação em medicina pela UFJF – MG

*bibliografia: Ernest et al, Management of Arrhytmias in Athletes: Atrial Fibrillation, Premature Ventricular Contractions, and Ventricular Tachycardia, Curr Treat Options Cardio Med. 2017