32% das vagas para residência médica não são preenchidas no país

Das 25 mil vagas oferecidas neste ano, oito mil não foram ocupadas, segundo o MEC.
Médicos recém-formados optam por especialidades que dão mais dinheiro.

Um problema que pode afetar a qualidade no atendimento dos hospitais em todo Brasil: 32% das vagas para residência médica não foram preenchidas neste ano. Falta dinheiro para pagar o curso de especialização e muitas áreas tradicionais da medicina já não despertam interesse nos recém-formados.

A busca é por uma especialização. Durante dois anos, médicos recém-formados passam a maior parte do tempo em clínicas e hospitais atendendo e aprendendo.

As entidades credenciadas pedem e o Ministério da Educação autoriza as vagas de residência. Todas têm que ser financiadas por bolsas de estudo.

DADOS DO MEC

Um levantamento feito pelo MEC mostra que, das 25 mil vagas oferecidas neste ano para residentes de todo o país, oito mil não foram preenchidas. O principal motivo é a falta de recursos para o pagamento das bolsas.

O MEC também identificou que muitos médicos recém-formados estão optando apenas por especialidades que dão mais dinheiro e menos trabalho.

Entre as residências médicas menos procuradas estão: saúde da família e comunidade, pneumologia, nefrologia, neurologia e cirurgia cardiovascular.

Já as mais procuradas são: clínica médica, cirurgia geral, dermatologia, oftalmologia endocrinologia.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo esclarece que a residência não é obrigatória, mas é o melhor caminho para a especialização.

O coordenador de residência médica do MEC diz que é preciso incentivar os recém-formados a optarem por áreas mais carentes.

FONTE: G1 E JORNAL NACIONAL – http://g1.globo.com